O nosso último dia de trabalhos chegou!
À hora do costume, como habitualmente, tomámos o nosso pequeno almoço todas juntas, e corremos (literalmente) até ao nosso ponto de encontro, pois o nosso Google maps não cooperou muito connosco. Não queríamos chegar tarde, já que constatámos, muitas vezes, algum preconceito e estereótipo relativamente à pontualidade lusitana!
Hoje, contamos com a narração da nossa participante Patrícia Silva:
"Encontrámo-nos com o grupo de professores e a guia Siret, em frente ao Centro Cultural Russo, às 9:00h. Deslocámo-nos de autocarro até à Escola Pelgulinna Gumnaasium, onde fomos recebidos pela Vice-presidente, que nos apresentou o projeto da escola.
Aqui, reparem que cada turma tem o seu espaço, na entrada da escola, para colocação de casacos e sapatos (sim, sapatos!)
De seguida, fizemos uma visita guiada a algumas salas de aula, nomedamente, de arte e tecnologias, e salas/oficinas para cursos de carpintaria e uma cozinha para cursos de cozinha e pastelaria. Na Estónia, como na Finlândia, estes cursos são muito valorizados e não existem diferenças entre ir para um curso de carpintaria ou electricidade e um curso de engenharia ou medicina.
Enquanto efetuámos a visita, pudemos constatar que o corredores da escola são frequentados por alunos bem menos efusivos que os nossos, com uma grande maioria em atitude de claro foco com os aparelhos móveis, sentados nos corredores.
Aqui algumas das nossas participantes com alunas:
Por fim, fomos encaminhados para um amplo anfiteatro da escola. Aí, foi-nos explicada a transição da escola para um Sistema de Aprendizagem Centrada no Aluno. A escola tem como objetivo principal “O aluno Autodidata” e o mote é “Escolhe, Cria e Faz”.
Na mesma sessão, exploramos as alterações que foram necessárias ao nível da gestão e da liderança da escola. Por exemplo: as aulas passaram a ser mais longas, de 75 minutos; implementaram a aprendizagem integrada (5º ao 8ºano), em dois dos cinco períodos, na qual um dia por semana é inteiramente passado fora da escola, fora da sala de aula, sendo necessário realizar a planificação da atividade, com a integração de 3 a 4 disciplinas; incentivaram a cooperação de professores com a criação de tempos fixos semanais para coordenação/colaboração); a implementação do Círculo de Aprendizagem Integrada no trabalho diário, etc.
Após uma pequena pausa, em que nos foi oferecido chá, café e bolachas, tivemos um momento para colocarmos questões. Seguiu-se uma visita guiada aos corredores transformados em “galerias de arte”, com os trabalhos dos alunos, explicados por uma professora de Arte.
Tempo ainda para "espreitarmos" a minúscula e dececionante biblioteca, mas não nos podemos esquecer que o nível de literária é muito elevado.
Aqui, a sala de professores:
Almoçamos à pressa, e pelas 13:30h partimos de autocarro para a Escola Russa Ehte Humanitaar Gumnaasium.
No nosso horário de visita, a maioria dos alunos já não se encontrava na escola. Tal como nas outras escolas, deixámos os casacos na sala reservada para o efeito, na entrada. Seguiu-se uma visita guiada às instalações, acompanhada da explicação de como funcionava a mesma. Conhecemos diferentes espaços como: salas de aula, corredores (amplos, com muitos jogos e aparelhos para realizarem exercício físico), sala do futuro (mini-anfiteatro, bolas de pilates, puffs, mobiliário dinâmico, ecrã gigante, projetor e quadro interativo), biblioteca, anfiteatro, laboratórios, salas de informática (com impressora 3D).
Aqui, os corredores e um horário de vigilância (feita por professores, e não funcionários)
Uma sala de aula do primeiro ciclo:
Sala de aulas de línguas:
Visitámos uma aula de língua materna para alunos refugiados da Ucrânia de todos os níveis de ensino. Aqui a equipa toda com um aluno ucraniano refugiado, usando uma camisola da seleção nacional portuguesa, com o número 7, o seu ídolo. Uma ternura...
Uma "sala do futuro" (do presente, melhor dizendo!):
De novo, uma reduzida biblioteca:
Uma reduzida sala de professores:
Uma sala de música:
Salas de Físico-Química:
Salas de Ciências, Geografia e Inglês:
Sala de Artes:
Salas de Informática:
Quisemos saber com incluem alunos com necessidades educativas especiais. A abordagem, aparentemente, não difere muito da seguida no nosso país. Contudo, de novo, pensamos que as coisas não são bem como nós pensamos: têm um edifício anexo à escola onde estão esses alunos. "Esses alunos" vêm "à escola" frequentar determinadas disciplinas.
De novo, também, apenas colocamos questões e refletimos: farão eles uma verdadeira inclusão? As comparações com o nosso sistema de ensino são válidas, necessárias e inevitáveis. Abordaremos, igualmente, este aspeto nas nossas conclusões finais.
No final da tarde, muito cansadas mas ainda com fôlego para uma visita final aos principais monumentos de Taillin! Aqui, a catedral:
As ruas exíguas (com portas, para encurralar os inimigos), os monumentos medievais e edifícios históricos que apelam ao nosso imaginário de reis e rainhas e lutas em castelos:
E, por fim, o miradouro icónico, com uma vista magnífica da cidade, e as gaivotas, quais estrelas hollywoodescas, a posar para a fotografia:
Acabou a nossa aventura!
Tempo de preparar as malas. Uma viagem muito exigente esperava-nos no dia seguinte.
Ficam as memórias e tudo o que aprendemos ao longo destes dias e que vamos levar para a nossa escola. Começamos a desenhar projetos, entusiasmadas. É esse mesmo o propósito destes projetos e do programa Erasmus+ que procuramos honrar na íntegra.
Vamos proceder a uma reflexão e dar-vos-emos conta de algumas conclusões finais.
Daremos mais notícias!
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