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Foto do escritorerasmus64

Mobilidade 1: Grécia dia 5

Atualizado: 18 de fev. de 2019

E continuamos a ler a professora Alice Amaro!


"06 de dezembro (quinta-feira):

Chegámos à DES Primary School por volta das 10:30. Da ordem do dia constaram

vários seminários, dirigidos aos professores dos diferentes países, enquanto os alunos deviam ser encaminhados para aulas, nomeadamente de História, Filosofia e Arte. Nesta, os alunos criaram postais de Natal.


O primeiro seminário em que os professores participaram intitulou-se “Innovative

Teaching Through the Use os Multiple Intelligence”, ministrado pelo headmaster (equivalente

ao cargo de Diretor da nossa escola), Theodore, que começou por referir que se trata de uma

escola privada, fundada pela Dr.ª Billie Konstantara, a diretora de gestão.

Deu a conhecer que escola tem vindo a crescer, tendo, atualmente, 45 professores

para 185 alunos, e 13 autocarros que, todos os dias, garantem o transportam dos alunos. Ou

seja, há cerca de 3 professores por cada 25 alunos, o que possibilita um ensino

individualizado, com vista a garantir que as diferenças são realmente acauteladas.


Entre outros aspetos, o headmaster salientou que:

– todas as crianças têm um iPad para trabalhar durante as aulas (mesmo em Artes e

Música);

– procuram garantir que as crianças criem os seus materiais, que aprendam, fazendo;

– defendem uma aprendizagem baseada na prática (cultivam oliveiras e ensinam as

crianças a fazer azeite) e a máxima de “mente e corpo saudáveis” (têm ioga, por exemplo);

– os alunos tocam música em grupo, apoiando-se uns aos outros: o importante não é

ser o melhor, mas participar de um grupo;

– têm expressão dramática e alguns clubes (Pitágoras, Demócrito);

– participam no projeto Erasmus+, precisamente, porque se trata de um trabalho

colaborativo (work together).


Seguiu-se o ensaio de uma música popular grega que alunos e professores deviam

aprender. Escusado será dizer que a (des)afinação foi geral, mas a animação, o espírito de

grupo e o empenho em cantarmos na língua nativa superaram qualquer interpretação menos

glamorosa.


Depois deste momento musical, assistimos ao seminário: “The diferencial learning

perspective on Arts and Music”, ministrado por professoras locais, de Filosofia e Educação

Físca.


Nesta palestra, foi enfatizado:

• a necessidade de haver diferenciação no ensino que vá ao encontro das

necessidades reais dos alunos;

• a realização de uma avaliação diagnóstica, para determinar o nível em que

cada aluno se encontra;

• a aprendizagem gradual que valoriza a criatividade (take it slow)...

• o método de ensino baseado no questionamento dos alunos: pergunta –

investigação – criação – discussão – reflexão;

• a ideia de que a melhor forma de aprender é pensar em grupo;

• a criação de grupos de trabalho aleatórios, sem distinguir os melhores...


De seguida, dois alunos gregos mostraram um filme animado, “Education around the

world time”, concebido pela turma (personagens, cenas, diálogos, vozes...) e um outro mudo

“The haunted Hill”, interpretado por alunos, mas também professores. Estes filmes decorrem

de um clube de cinema existente na escola. Além deste clube, ficámos também a saber que,

todas as semanas, uma das aulas fica a cargo de um aluno (Student hour).


No momento seguinte, um dos alunos pediu a cada professor que enunciasse uma

palavra que ele ia escrevendo no quadro. Depois, ele teria de memorizar todas as palavras, de forma sequencial, e construir uma história. O mesmo exercício foi pedido aos professores que quisessem participar. Portugal, claro, foi um dos que se voluntariou para o fazer...


Seguiu-se uma pausa para o habitual almoço light, com os tradicionais folhados

gregos deliciosos, após a qual os professores assistiram ao último seminário do dia: “The

psychological effects of Arts on Learning”, cuja ideia principal foi a de que os alunos aprendem melhor quando têm formação/educação em artes.


Durante este tempo, os alunos dos diversos países permaneceram no exterior da

escola e puderam dar largas à sua energia no trampolim, a jogar futebol, xadrez gigante,

socializando entre eles.


Nas duas horas anteriores ao jantar, já no hotel e depois de comer uma “laranja

grega” cada um (Regime alimentar obrigatório, sem esquecer as bananas, obviamente!), os

nossos alunos selecionaram músicas portuguesas para animar a festa prevista para a noite,

que foi recheada de muitas surpresas.


Os autocarros foram-nos buscar ao hotel por volta das 19:00 e conduziram-nos até

Pireaus, um importante porto grego, com cerca de 25 km, onde se localizava o restaurante

tradicional, escolhido pelos parceiros gregos para o último jantar em grupo.


Além de uma ementa recheada de deliciosos pratos típicos da gastronomia grega,

houve uma festa onde todos dançaram animadamente.


À semelhança dos outros grupos de alunos, os portugueses tinham escolhido

previamente as músicas a seu gosto para alegrar a festa e, claro, Quim Barreiros, com “Apita o Comboio”, fez furor com a caravana humana internacional.


No intervalo da diversão, e depois de saborearmos um bolo gentilmente oferecido

pelos parceiros gregos para parabenizar a professora húngara, Ágnes, os portugueses

surpreenderam as equipas de cada país com um prato da Vista Alegre – oferecido pela

Câmara Municipal de Santa Marias da Feira – acompanhado da explicação da gravura da

fogaceira por um dos nossos alunos (Daniel Duarte).


O headmaster Theodore teve direito a uma garrafa de Vinho do Porto e todos os

presentes puderam apreciar esta bebida portuense com uma outra oferecida pela equipa

portuguesa e aberta no momento.


Regressámos cansados, mas felizes, aos nossos aposentos no Olimpo, em Vari-

Voula-Vouliagmeni."












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